En el presente artículo, escrito en el contexto de la pandemia 2020-2021 y en el marco del cumplimento del Aislamiento Social Preventivo y Obligatorio (ASPO), analizamos dos experiencias comunitarias vinculadas al cuidado de las infancias y adolescencias que se desarrollan en las provincias de Neuquén y Río Negro (Patagonia
Argentina). Dicho análisis es resultado de una investigación cualitativa realizada desde la perspectiva de la Psicología Social Crítica y las Políticas Públicas en la que buscamos recuperar los saberes sociales que estas iniciativas comunitarias pueden aportar al diseño y reformulación de las políticas públicas de cuidado. Específicamente, las experiencias que aquí presentamos son: la Asociación Civil GAIA-Nueva Crianza, conformada por familias de niñes y adolescentes trans; y la Asociación Civil Lazos Azules, integrada por familias de niños y adolescentes con TEA (Trastorno del Espectro Autista). Si bien las dos asociaciones son muy diferentes entre sí, ambas coinciden en estar protagonizadas por familias que, a partir de haber escuchado y prestado atención a las necesidades de sus hijo/a/es, se organizaron colectivamente para visibilizar la realidad de sus niño/a/es y adolescentes generando distintas acciones. Dichas acciones tienden no sólo a hacer efectivos los derechos de las infancias y adolescencias, especialmente aquellos vinculados a la identidad, la educación y la salud, sino que están orientadas a incidir en las políticas públicas de cuidado a nivel local desde lo que Boaventura de Sousa Santos denomina la sociología de las emergencias y desde lo que Rita Segato designa como una politicidad en clave femenina anfibia.
Neste artigo, escrito no contexto da pandemia 2020-2021 e no quadro do cumprimento do Isolamento Social Preventivo e Obrigatório (ASPO), analisamos duas experiências comunitárias relacionadas com o cuidado de crianças e adolescentes que ocorrem nas províncias de Neuquén e Río Negro (Patagônia Argentina). Esta análise é resultado de uma pesquisa qualitativa realizada na perspectiva da Psicologia Social Crítica e das Políticas Públicas, na qual buscamos resgatar o conhecimento social de que essas iniciativas comunitárias podem contribuir para o desenho e reformulação das políticas públicas de atenção. Especificamente, as experiências que aqui apresentamos são: a Associação Civil GAIA-Nueva Crianza, formada por famílias de crianças e adolescentes trans; e a Associação Civil Lazos Azules, formada por famílias de crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo). Embora as duas associações sejam muito
diferentes entre si, ambas coincidem no fato de serem lideradas por famílias que, depois de ouvir e atentar para as necessidades dos filhos, se organizam coletivamente para tornar visível a realidade dos filhos. a / es e adolescentes gerando diferentes ações. Essas ações tendem não só a efetivar os direitos da criança e do adolescente, especialmente aqueles vinculados à identidade, educação e saúde, mas visam influenciar as políticas públicas de atenção em nível local a partir do que Boaventura de Sousa Santos denomina a sociologia das emergências e do que Rita Segato designa como feminilidade anfíbia chave de politicidade